Ensino Fundamental

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS 1º a 3º ano. 

Os primeiros anos do Ensino Fundamental são o “Bloco Pedagógico” voltado para alfabetização e letramento, onde o educando tem possibilidade de desenvolver e ampliar habilidades intelectuais, sociais, afetivas, psicológicas e físicas. Isso ocorre por meio de experiências vivenciadas, consolidando saberes, diante de uma proposta pedagógica orientada pelo professor, centrada no descobrimento do mundo letrado. A proposta de ensino deve considerar os conhecimentos prévios, possibilitando que esse educando descubra “os porquês” e os “para quês” presentes nessa etapa, por meio de situações que envolvam a ludicidade, respeitando as especificidades da faixa etária dos educandos, bem como os diferentes contextos. No Ensino Fundamental, tornou-se inviável conceber a alfabetização e o letramento como uma ação com início e fim no mesmo ano letivo. Por isso, os Direitos e Objetivos de Aprendizagem em Linguagem, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Ensino Religioso precisam se inter-relacionar, tendo como ponto de partida uma metodologia globalizada que objetiva um trabalho interdisciplinar entre as cinco áreas de conhecimento.

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS 4º a 5º ano. 

O 4º e o 5º ano do Ensino Fundamental são a continuidade do Bloco Pedagógico, sendo o momento de aprofundar saberes e habilidades adquiridas na primeira etapa dos anos iniciais. Nessa fase, considerando os saberes de todas as Áreas de Conhecimento, mas com o trabalho ainda globalizado, podemos ampliar o repertório de experiências, ilustrando conceitos teóricos que facilitem a compreensão do fazer e do observar, permitindo que o educando seja capaz de raciocinar sobre proposições que ainda desconhece ou que ainda são consideradas puras hipóteses. Desse modo, inicia-se a passagem das operações concretas para as operações abstratas, onde o pensamento hipotético-dedutivo ou raciocínio dedutivo tem seu início. Para essa faixa etária é preciso considerar as transformações relacionadas aos aspectos de desenvolvimento biopsicossocial na construção da identidade do educando, para que o mesmo vivencie seus processos autônomos de aprendizado e sinta-se inserido em um grupo e espaço considerado como estrutura que estimula, exige, valoriza, provoca contradições e conflitos e que cria responsabilidades. É preciso, portanto, proporcionar atividades desafiadoras e lúdicas que possuam um grau crescente de complexidade para ajudar o educando a desenvolver autonomia, levantar hipóteses, fazer transferências, tomar decisões, avaliar os resultados e interagir com o outro, dentro do contexto real, evocando saberes e habilidades para o desenvolvimento de competências. É necessário que o professor sinta-se responsável pela formação global do educando e não apenas pelo aspecto informativo, observando as práticas sociais, identificando situações nas quais ele enfrentará a busca de resolução de problemas e saberá interagir dentro e fora do espaço escolar, estabelecendo novas relações, de forma participativa, crítica e criativa. A partir disso, a fim de orientar o trabalho a ser desenvolvido nas escolas, apresentamos o quadro de referência que apresenta conceitos estruturantes, competências e habilidades a serem trabalhadas de maneira globalizada, dando continuidade ao bloco pedagógico, aprofundando conceitos que se referem à análise 31 linguística, discursividade, textualidade, normatividade, raciocínio lógico, pensamento aritmético, pensamento geométrico, pensamento combinatório, estatístico, probabilístico, pensamento algébrico, entre outros. As habilidades apresentadas no quadro referência deverão ser completadas pelas escolas de acordo com sua realidade, especificidades e projetos pedagógicos, dando sequência ao quadro dos direitos e objetivos de aprendizagem proposto para o bloco pedagógico.

ARTICULAÇÕES ENTRE OS NÍVEIS DE ENSINO 

Ensino Fundamental – Anos Iniciais (1º ao 5º ano) e Ensino Fundamental – Anos Finais (6º ao 9º ano) A passagem do 5º para o 6º ano vem acompanhada de transformações físicas - entrada na pré-adolescência - que por si só gera muita insegurança para meninos e meninas, portanto o professor precisa compreender as especificidades desta fase para adequar o planejamento pedagógico. A mudança dos Anos Iniciais para os Anos Finais do Ensino Fundamental acarreta a troca do professor polivalente para a entrada de vários professores fazendo com que o educando perca um pouco de sua referência, ocasionando uma dificuldade de organização e queda no rendimento. Por isso, o professor do 5º ano precisa preparar esse educando dando-lhe mais autonomia e responsabilidade, ajudando-o a planejar e administrar o tempo em relação à mudança de rotina para o próximo ano letivo. Dessa forma, o professor do 5º ano pode contribuir para que a transição para o 6º ano seja suave em relação aos tempos, espaços, professores, materiais e avaliação.

Fonte: Portal da Secretaria de Educação do RS | Link: http://www.educacao.rs.gov.br/reestruturacao-curricular
ou acesse o linkDocumento Orientador da Reestruturação Curricular do Ensino Fundamental e Médio.